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Associação de Pescadores de Jacaraípe - ASPEJ
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No dia 30 de agosto de 2019, as primeiras manchas de petróleo cru eram vistas no litoral da Paraíba.
O derramamento de petróleo ou óleo bruto atingiu a costa brasileira e alcançou a faixa litorânea de 4.334 km em 11 estados do Nordeste e Sudeste, 120 municípios e 724 localidades até 22 de novembro de 2019.
As investigações apontaram que o vazamento veio do petroleiro Bouboulina, de bandeira grega. A embarcação havia sido carregada na Venezuela, e seguiria para a Cidade do Cabo, na África do Sul. Ainda segundo as investigações, o vazamento teria ocorrido entre 28 e 29 de julho de 2019, quando o Bouboulina navegava a cerca de 730 km da costa brasileira. Contudo nenhuma punição ou multa sequer foi aplicada.
O petróleo cru é um material tóxico e pode causar diversos problemas à saúde humana. O Conselho Federal de Química (CFQ) alerta que as substâncias tóxicas do petróleo bruto são potencialmente carcinogênicas e mutagênicas. O CFQ informou em nota que “Os hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA) presentes no petróleo bruto e seus derivados pertencem a um grupo de composto orgânicos semivoláteis que estão entre os compostos mais tóxicos do óleo nesse estado e podem causar problemas sérios de saúde, como câncer.
Ainda não existe uma estimativa sobre o tamanho do prejuízo causado à economia local. Porém, pescadores, marisqueiras e diversos outros profissionais que dependem do mar para o sustento de suas famílias apontam para uma profunda crise econômica e até hoje aguardam uma solução por parte do Governo.
Enquanto isso, três situações trágicas ocorreram no litoral do Estado do Espírito Santo. Na primeira semana de novembro de 2019, o óleo bruto alcançou praias, manguezais e estuários marinhos, estes que já estavam contaminados por metais pesados da lama tóxica do rompimento da barragem de Mariana em 2015. Somaram-se graves componentes tóxicos nesses dois eventos. Esse encontro foi magnificado pela ausência de ações emergenciais em saúde, que agregou um terceiro malefício sofrido por pescadores e população da região: a indiferença governamental e a inércia burocrática para superar iniquidades em saúde.
Veja o Vídeo da Campanha MAR DE LUTA e venha fazer parte dessa luta.
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